Entrevista Trigêmeos - Sabrina M. Schvarcz

Eu costumo sempre fazer uma breve introdução da entrevistada antes das perguntas, mas adorei o jeito que a Sabrina escreveu como é ser mãe de 5 filhos, e vou manter assim,  pois descreve exatamente a sua tragetória e passa uma emoção incrível.
A entrevista é um pouco longa, mas tenho certeza que depois das primeiras linhas ,vocês também irão se emocionar e ler até o final.

Bom feriado e bom carnaval a todos !


Eu tive minha primeira filha, Luana, hoje com 8 anos, quando estava com 25 anos.
Ser mãe sempre foi um desejo de infância, e curti muito cada minuto da minha gravidez. Li muito, descansei, tirei tardes para comprar enxoval, visitei matermidades, fiz curso de gestante, hidroginástica de gestante, drenagem para gestante, e tudo o mais com a palavra gestante no meio. Quando peguei minha pequena nos braços pela primeira vez, o mundo pareceu fazer mais sentido, e me senti uma mãe nata, já naquele primeiro contato. Não tive depressão pós-parto, e não sofri muito com o peso da responsabilidade, nem nos primeiros dias. Cuidei dela sozinha, sem a ajuda de babá, e amamentei exclusivamente no peito até os seis meses, seguindo com o aleitamento materno até ela completar um ano de vida. Eu tinha leite suficiente, ela mamava bem, dormia bem, não tinha cólicas e tudo me parecia muito mais simples do que a maioria das pessoas havia me falado enquanto eu estava grávida. Logo veio o desejo de ter mais um filho.

Um ano e cinco meses depois nasceu o Alex, e acredito que por ser o segundo, tudo com ele foi ainda mais fácil. Mesmo já tendo a Luana, que ainda era pequena, dei conta dois dois sozinha, com a ajuda da minha mãe, que vinha em casa para ficar com a Luana enquanto eu cuidava do Alex.

Os dois foram para escolinha ainda pequenos, com 6 meses. Eu deixava meio período para poder trabalhar e o restante do tempo ficava com eles. Sempre gostei de cuidar deles e fazer tudo sozinha. Quando o Alex nasceu tinha uma empregada que ajudava com as coisas da casa, mas eu gostava de dar banho, de fazer as papinhas, preparar as mamadeiras, arrumar a mala da escolinha, passear de carrinho. Lembro que buscava os dois às seis horas, e quando chegava em casa entrávamos os três no banho. Eu colocava os dois em uma piscininha dentro do box enquanto tomava o meu banho, depois dava banho eu um, e depois no outro. Nunca liguei nem de acordar de madrugada, até porque os dois dormiam bem, nunca deram muito trabalho. Claro que acordar no meio da noite deixa qualquer ser humano cansado, mas eu sempre soube que era só durante um tempo, e no caso dos dois não durou nem seis meses.

Depois de cinco anos de casada eu e meu ex-marido resolvemos nos separar. No início foi difícil reconstruir a vida sozinha com duas crianças pequenas, mas eu me virei bem. Coloquei os dois na escolinha em tempo integral e voltei a trabalhar com força total. A rotina do trabalho fez com que logo eu voltasse a me arrumar, a sair, e me encontrar novamente comigo mesma. Recuperei minha auto-estima e algum tempo depois conheci o Anderson, meu atual marido.

Ele nunca quis ter filhos, mas depois de conhecer e conviver com o Alex e a Luana, mudou de idéia. Adotou os dois de coração, e como meu ex-marido mora hoje fora do Brasil e não vê os filhos, os dois o chamam de pai, afinal, pai é quem cria, e ele é verdadeiramente um paizão.

Em Dezembro de 2010 nos casamos, e no mesmo mês eu tirei o DIU e fiquei esperando engravidar. Dois meses depois, o teste de farmácia dava positivo. Comemoramos muito em segredo, pois não queríamos que as crianças soubessem antes de ter certeza que estava tudo indo bem. Os dois sempre quiseram ter um irmãozinho, e achei melhor só contar quando tudo estivesse mais certo, afinal início de gravidez é sempre imprevisível. Contei para minha médica e ela me recomendou fazer um ultra som só mais para frente, pois no início não dá para ver muita coisa. Como eu não era marinheira de primeira viagem e não estava tão ansiosa, concordei em esperar.

Uma semana depois comecei a ter um sangramento, e fiquei bastante preocupada. Corri para o pronto-socorro para fazer um exame, e para nossa surpresa, recebemos a notícia de que eram gêmeos !! Fiquei muito feliz, mas o médico nos alertando para não comemorarmos muito, pois era comum um dos gêmeos involuir quando a gravidez está muito no início. Inclusive, isto já havia acontecido comigo na minha segunda gravidez, que no início, era gemelar. Eu, que sempre tive o sonho de ter 4 filhos fiquei radiante, e meu marido, como era de se esperar, um tanto assustado com a notícia.

Dez dias de repouso e progesterona depois, fui fazer um novo ultra som. Era um dia de semana, e acabei indo sozinha. Quando entrei na sala de exame estava um pouco apreensiva, com medo que pudesse ter apenas um bebê. Mas pensei que ia ser o que tinha que ser, e que eu iria ficar feliz de qualquer maneira, afinal, havia um bebê a caminho. Logo no início no exame, a médica colocou a mão na minha perna e perguntou se eu estava passando bem. Na hora me deu um frio na barriga, e pensei que um dos bebês já não estava mais ali. Mas para minha surpresa, ela começou a explicar na imagem, que um dos embriões estava lá perfeito, com coraçãozinho batendo e tudo, e o outro também estava lá, só que tinha se dividido em dois. Na hora fiquei confusa, sem entender muito.

"Como assim, se dividiu? Então são dois?", perguntei.

"Não, são três", ela respondeu.

"Três o que?"

"Três bebês!"

'TRÊS BEBÊS AONDE?"

"Três bebês na sua barriga!"

"TRIGÊMEOS???"

Na hora fiquei muda, com uma vontade enorme de rir e de chorar. Rir de desespero, chorar de emoção. Saí da sala de exame trêmula, e só depois de tomar um copo de água consegui ligar para meu marido, que estava ansioso aguardando notícias.

"E aí?", ele perguntou.

"Está tudo bem.", respondi."Os dois bebês estão aqui, e estão bem".

"Sério?", ele perguntou com um ar de preocupação e alivio.

"Sim, mas tem mais uma coisa".

"Que coisa?"

"Outro bebê!"

"OUTRO BEBÊ AONDE?"

"Na minha barriga! São trigêmeos!"



Meu marido ficou mudo durante um bom tempo, acho que ele ficou em estado de choque. As primeiras semanas foram difíceis, porque não é fácil esconder uma notícia dessas de muita gente. Aos poucos fomos contando para a família, depois para os amigos. Mas a gravidez em si foi um período complicado, ficamos bastante assombrados com a idéia de sermos pais de 5 filhos, especialmente nos dias de hoje, e em uma cidade como São Paulo, onde tudo é tão caro, tão louco e tão corrido. Todos os incômodos e cuidados da gravidez, junto com as preocupações e o turbilhão de hormônios multiplicados por três me deixaram muito nervosa e abalada.

As trigêmeas nasceram no dia 11 de outubro de 2011, às 7 horas da manhã. Eu só consegui ir vê-las na UTI depois das onze horas da noite. Não foi fácil ver as três ali tão pequenininhas, na incubadora, cheias de fios. Mais difícil ainda foi ter entrado na maternidade com três bebês na barriga e sair de mãos abanando, deixando minhas pequeninas para trás. O período de mãe de UTI também não foi fácil, mas sempre soube que elas ficariam bem, e que aquele tempo longe era fundamental para que elas crescessem fortes e pudessem ir para casa com saúde.

Agora que as três estão em casa, mesmo com o trabalhão que dá, eu me sinto uma pessoa privilegiada por ter recebido esse presente especial. É muito comum as pessoas me pararem na rua para me desejar "boa sorte", ou ficarem me olhando com cara de pena. Eu sinto pena delas, porque não sabem a alegria que é ter uma casa cheia de filhos, e esquecer de todos os problemas do mundo cada vez que um deles dá um sorriso para mim.

Tenho hoje 33 anos e sou mãe de cinco filhos lindos, com muito orgulho! Adoro reunir todos a minha volta. A sensação é de estar no lugar certo, com as pessoas certas, na hora certa. Cuidar dos cinco não é fácil, e sustentá-los é mais difícil ainda. Mas eu e meu marido sabemos que tudo pode acontecer, e que provavelmente somos pessoas muito ESPECIAIS para termos recebido da vida um presentão como esse!

Nome: Sabrina Martins Schvarcz

Idade: 33 anos

Profissão: Empresária, tenho uma escola de ballet. Dou aulas, coordeno os professores e administro.

Trabalha? Quantas horas por dia? Sim, mas como tenho um negócio próprio os horários são flexíveis na medida do possivel. No momento estou trabalhando só de tarde, para ficar mais com as pequenas.

Nome e idade dos trigêmeos: Melissa, Laura e Cecilia, 3 meses e meio. (Vão fazer 4 dia 11)

Foi tratamento?  Não foi tratamento, aconteceu naturalmente. A Melissa e a Cecilia são univitelinas (Idênticas) e a Laura estava em uma placenta só dela.

• Tem outros filhos? Qual idade? Tenho a Luana de 8 anos, e o Alex de 6.

• Pretende ter mais? Eu até gostaria de ter mais um. Acho que depois de ter trigêmeos deve ser legal ter um filho sozinho, deve ficar bem fácil. Mas só se eu ganhasse na mega sena, senão 5 filhos já está até demais!

• Qual foi a sua reação quando soube que eram 3? Teve medo? Fiquei feliz e desesperada na mesma proporção. Empolgadíssima e apavorada ao mesmo tempo. Para mim foi muito mais assustador pensar que eu seria mãe de 5 filhos do que a notícia das trigêmeas em si. Mas depois que passa o choque inicial é muito bom, a gente se sente especial.

• Como foi a gestação? Precisou de cuidados especiais? A gestação foi chata. É uma gestação de risco e necessita de vários cuidados. Tive que fazer muitos exames, acompanhar de perto. Engordei bastante, tive que fazer repouso e tive muito mal estar durante os 8 meses. No começo era um enjôo triplicado. No final eu sentia cansaço, azia, falta de ar, desconforto, dores nas costas. Ficava cansada só de falar. Não via a hora delas nascerem!

• Nasceram de quantas semanas e qual o peso de cada um? Elas nasceram com 34 semanas, o que para trigêmeos está ótimo. A Melissa pesou 1,880kg, a Laura 1,840kg e a Cecilia 1,445kg

• Ficaram muito tempo na UTI? Como era a sua rotina com eles? A Melissa e a Laura que nasceram maiores ficaram 18 dias na UTI. A Cecilia, que nasceu menorzinha, ficou 41 dias. Quando as três estavam internadas era um pouco mais fácil. Eu me hospedei em um flat em frente à maternidade para ficar mais perto delas. Eu ia todos os dias para as mamadas das 09h, 12h, 15h, 18h e 21h. Entre cada mamada eu voltava para o hotel e descansava um pouquinho. Depois que a Laura e a Melissa sairam ficou mais difícil. Elas eram muito pequenas e eu não ficava tranquila de deixar as duas com a babá por muito tempo. Por mais que eu sentisse que a pequena também precisava de mim, sabia que ela estava muito bem cuidada na UTI, com gente especializada 24 horas por dia cuidando dela. Então eu me programava para ir uma vez ao dia, durante um dos horário de mamada. Quando eu ficava mais tempo, chamava uma enfermeira para dar um apoio em casa. Foi um período difícil, porque eu queria mesmo era estar nos dois lugares ao mesmo tempo. Meu marido também ia todos os dias visitar a Cecilia na UTI e fazer canguru.

• Quantos Kilos engordou? Foram quase 30 kilos!!!

• Quais produtos usou na gravidez? Eu me lambuzava de creme para estrias, o Mater Skin. Mas no final da gravidez tive uma alergia horrível, não sei se foi do sabonete ou do que, mas fiquei sem poder passar nada. Só tomava banho frio, com sabonete hipoalergênico para bebês, da Mustela. Eu deixava uma bacia com gelo em cima da minha cama e várias toalhas, era o único jeito de aliviar a coceira. Foi desesperados, sem falar que parecia catapora. Ainda tenho as marcas das casquinhas que eu arranquei de tanto coçar.

• Onde montou enxoval, Brasil ou Eua?  Quando estava com 4 meses fui para Miami e comprei quase tudo. Voltei com umas malas enormes, cheias de coisas, mas quando cheguei em casa e dividi tudo por 3 percebi que ainda faltava algumas coisas, que acabei comprando por aqui mesmo. Comprei muito mijão, toalha, e fralda de pano no Brás, tudo de caixa. Cada vez que alguém da família viajava também trazia mais roupinhas e outras coisinhas.



• Qual loja para bebê você gosta mais? Não tenho muita preferência, não sou muito ligada nessas coisas. Como não tenho muito tempo para fazer compras, prefiro o que é pratico, e acabo comprando tudo perto de casa ou pela internet. Mas não comprei muitas roupinhas, pois já sei que elas perdem muito rápido, e tem roupa que a gente acaba usando só uma vez!

• Qual carrinho você usa para elas? Eu tenho um carrinho de gêmeos e um simples. Os dois são da marca Bugaboo, e eu trouxe de fora. São um pouco trambolhentos, mas vale a pena porque com tantos filhos eu saio muito mais para passear de carrinho no condomínio do que de carro.

• Qual marca de mamadeiras e chupetas? Todos usam as mesmas marcas? Eu comprei todas as mamadeiras e chupetas da NUK. Mas a Laura e a Cecilia, no início, não aceitavam a chupeta da NUK. Dei a da AVENT, que era menorzinha e elas pegaram melhor. Agora que já estão maiorzinhas estou trocando de volta para a NUK, que parece mais recomendável pelos fonaudiólogos.

• Costuma vesti-las iguais? Quais marcas de roupinhas gosta mais? Eu gosto de vesti-las com roupas iguais de cores diferentes. Mas não consigo fazer muitas composições no dia a dia, porque no fim das contas uma cresceu muito mais que as outras, e elas usam tamanhos diferentes. A maioria das roupinhas delas trouxe de fora, são da carters, babies r us e osh bogosh. Acho que é o melhor exemplo de Bom, Bonito e Barato.

• Como foi a escolha dos nomes?? Foi difícil. O primeiro nome que escolhemos foi Cecilia, antes ainda de sabermos que seriam tri. Mas depois que soubemos, resolvemos não usar. Pensamos em vários outros, mas não queríamos nomes que rimassem ou que começassem com a mesma letra. Nada que parecesse dupla sertaneja. Depois de um tempo sem decidir, fizemos umas consultas de numerologia do nome na internet. Descartamos alguns nomes que gostávamos e optamos por resgatar Cecilia e incorporar Melissa e Laura.

• Como foi amamentar 3 bebês e até quando você amamentou? Eu ainda amamento, e quero continuar até quando elas quiserem e eu tiver leite. Eu adoro amamentar, gosto de pensar que tem uma coisa que só eu posso dar para elas, rsrs. A cada mamada duas delas mamam no peito + complemento, e a terceira só complemento. Vou fazendo um rodízio para cada uma mamar pelo menos duas vezes por dia no peito. A mamada da madrugada é só mamadeira, e uma das mamadas da tarde, enquanto estou trabalhando também. O leite começou a diminuir quando voltei a trabalhar, mas voltei a tomar Equilid e melhorou bastante.

• Teve ou tem algum tipo de ajuda ?( baba, enfermeira, sogra, mãe) Demorou até eu conseguir acertar a ajuda que eu queria e precisava. A babá que estava no início não deu certo, e a empregada me abandonou antes do parto. Fiquei um tempo sem ajuda, só com algumas diaristas, enfermeiras que eu chamava de vez em quando para dar uma ajuda, e minha mãe e amigas que vinham para dar uma mão. Cheguei a ficar duas semanas sem babá e sem empregada, com os dois mais velhos de férias. Foi difícil, mas sinceramente, eu gosto do trabalho de ser mãe em tempo integral. Se pudesse, não trabalharia fora, pelo menos durante o primeiro ano de vida delas. Agora estou com um "time" montado, tenho duas empregadas e uma babá. Tem também uma folguista nos fins de semanas, senão é muito sofrido para os mais velhos, não dá para querer que eles fiquem o fim de semana inteiro fechados em casa. Mas no fim das contas dá mais trabalho administrar as ajudantes do que as bebês!

• Qual a participação do seu marido na rotina dos bebês? Ele participa na medida do possível. Eu não exijo muito porque sei que não adianta, pai não é mãe. Ele continua acordando no mesmo horário, indo para academia depois do trabalho, fazendo MBA de noite. Mas no tempo que está em casa me ajuda, dá mamadeira, brinca, passeia de carrinho. Mas não dá banho nem troca fralda. No fim das contas ele acaba ajudando mais do que a maioria dos pais de um filho só, mas também porque é mais requisitado!

• Como foram os primeiros dias em casa? Teve alguma hora que bateu aquele desespero que sabemos ser comum pós parto ainda mais com 3 bebes? Quando estava só com duas em casa eu estava achando até fácil. Como elas eram muito pequeninhas, dormiam muito. A Cecilia chegou em casa em uma segunda-feira, e uma semana depois a babá foi embora. O primeiro dia que fiquei sozinha com as três foi difícil, fiquei tentando dar conta das três e me faltava um peito e um braço.

• O que foi mais difícil por serem 3? A gravidez foi difícil, e agora os gastos também são um pouco desanimadores. Mas a parte mais difícil é depender de ajuda o tempo todo. Nunca posso pegar minhas filhas e ir dar um passeio, por exemplo. Às vezes quero ficar sozinha com elas, mas percebo que é pior para elas, pois dificilmente consigo satisfazer as necessidades das três. Fico muito incomodada em ter gente na minha casa o tempo inteiro, mas por enquanto não vejo muita saída.

• Você consegue coordenar para as 3 dormirem sempre no mesmo horário? Durante o dia não, cada uma tira sua sonequinha na hora que está com vontade. Elas mamam em livre demanda, e a rotina do dia fica quase sempre dessincronizada. Mas acho que vale o sacrifício porque cada uma é cada uma, uma tem mais fome, outras tem mais sono, e por aí vai. No final do dia eu faço igual para todas, banho às 20h, útlima mamada às 21h e depois vai todo mundo pro bercinho.

• Já dormem a noite toda? A Melissa, que é a mais gulosa, acorda entre 2 e 3 da manhã para mamar. A Cecilia, que é menorzinha e mama menos, acorda lá pelas 4. Só A Laura, que é mais preguiçosa, dorme a noite toda, acorda só lá pelas 7 da manhã.

• Costumam acordar juntas? Não, cada uma acorda na sua hora.

• Tem personalidades parecidas? Já consegue começar a definir o jeitinho de cada uma?
Elas tem personalidades bem diferentes, já reconheço até o chorinho de cada uma. A Melissa é gulosa, mama rápido, e chora quando está com fome. Mas quando está de barriga cheia não reclama, é muito boazinha e tranquila. A Cecilia, é a menorzinha e a mais bravinha. Ela não gosta muito de chupeta, então acaba sendo um pouco mais chorona. Mas é tão delicadinha que até o choro dela é meigo. Ela não gosta muito de comer, e adora ficar assitindo os DVDs do Bebê Mais. A Laurinha é um sossego, mama com calma e é a mais dorminhoca das três. Mas quando chora, sai de baixo, porque ela grita mesmo!

• Como é a relação entre elas?? No começo eu colocava uma pertinho da outra e elas ficavam calminhas. Agora que elas estão mais ativas, sempre uma acaba colocando a mão na cara da outra e aí lá vem choro! Eu procuro estimular a relação entre elas, mas enquanto elas não interagem muito, o contato fica um pouco limitado. O que dá para perceber é que quando uma chora as outras ficam agitadas. Não sei se ficam incomodadas com o barulho ou se porque já conseguem perceber que tem alguma coisa incomodando a irmazinha.

• Como é sair de casa com 3 bebês? É uma maratona, não dá para sair toda hora. Sozinha então, nem pensar! Quando elas eram bem pequeninhas eu saia para passear da carrinho no condomínio e colocava duas em um moises, e a outra no outro. Agora que elas estão maiores não cabe mais, e dependo de uma outra pessoa para empurrar o outro carrinho. Quando saimos de carro, o problema sempre é levar os carrinhos, tem que desmontar, diminuir aqui, colocar moises ali, é um quebra-cabeça. Especialmente quando os mais velhos estão junto, afinal, são mais dois lugares! Na primeira vez que saimos os 7 foi muito engraçado, levamos mais de uma hora para conseguirmos colocar tudo e todos no carro!

Onde costumam passear? Fomos uma vez para o clube, porque lá tem bastante espaço para carrinho, e os maiores ficam brincando. Também já fomos no shopping porque tem espaço e boa infra-estrutura nos fraldários. Não é qualquer restaurante que tem espaço para dois carrinhos de bebê, ainda mais sendo um de gêmeos, então limita bastante. Por enquanto nossos passeios foram clube, shopping, clínica de vacinas, médico, e casa de parentes. Já viajamos com as tri para o interior de Minas onde mora a família do meu marido. Foi difícil colocar tudo no carro, mas no fim das contas deu menos trabalho do que eu pensava. Agora queremos ir para a praia, quem sabe no Carnaval eu me animo para passar pelo menos uns dois dias!

Um produto indispensável para uma mãe de trigêmeos? Aquelas cadeirinhas que balançam. Com três bebês não dá para ficar acostumando no colo, senão vai ter gente chorando o dia inteiro. Elas passam a maior parte do tempo naquelas cadeirinhas, seja para dormir, assistir DVD ou esperar a hora de mamar e tomar banho.

Um conselho para uma futura mamãe de trigêmeos :Atenda uma criança de cada vez. Toda vez que eu tento cuidar de duas ao mesmo tempo acabo cuidando de nenhuma e é pior. É preciso se acostumar com o choro, ter calma e paciência. Todo bebê chora, precisamos desde bebê ensiná-los que não dá para fazer tudo o que eles querem o tempo todo na hora em que eles querem.

Uma dica que funcionou muito bem com os seus filhos: Ensiná-los a dormir sozinhos. Dá trabalho e é preciso muita paciência no início, porque tem que aguentar choro mesmo. Mas depois que eles aprendem, não tem preço. Eu vejo muitas mães com um filho só e que vivem exaustas, porque não dormem direito, e cada noite é uma batalha. Ninguém aguenta ficar muito tempo sem dormir direito. Eu coloco as três acordadas no berço, e mesmo que chorem não deixo ninguém tirar de lá.

• Ter trigêmeos é:
Sentir-se triplamente especial. Trabalho triplicado, alegria multiplicada!
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14 comentários:

  1. Nossa que lindo depoimento! Realmente é uma benção e um dom ser mãe de cinco! E ainda tri- gêmeos!

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  2. Adorei a entrevista, que loucura, mas ela sabe muito bem se organizar!!!!

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  3. Adorei a entrevista. Fiquei muito admirada em ver tamanho amor e dedicação. Eu estou só com uma filha que é um amor e nao dá trabalho, mas nao penso em outro tao cedo pq tenho medo de nao conseguir conciliar os dois mais o trabalho. Mas entrevistas assim sao muito animadoras!

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  4. Muito legal a entrevista, admiro demais a Sabrina! beijos

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  5. Muito Guerreira!!!! Parabéns a essa tripla mãe!!! Eu como mãe de gêmeos sei bem o que é ter varias funçoes ao mesmo tempo, agora nem posso imaginar de tres, ainda por cima tendo mais dois para cuidar!!

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  6. Só tenho que admirar uma mãe assim...é muito difícil,mas ela dá conta do recado..parabéns!

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  7. Querida Sabrina, não canso de me emocionar c/ sua linda história. Realmente é uma benção pra pessoas abençoadas como você! Gde beijo meu, Luciana Tincani e da minha Daniella Ueki

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  8. AMEI a entrevista!!!! Ri e chorei com sua estória!!!!
    Como já disse uma vez, vc é minha ídala!!!!!! Te admiro muito, muito mesmo!!!!
    Parabéns por ser essa pessoa maravilhosa e pela família mais que linda!!!!
    Um gde bjo em todos
    Ana Carolina Canizella (4 moms)

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  9. Amei a entrevista! Estou esperando trigêmeos,3 meninos!
    Estou com 18 semanas.Também nao fiz tratamento,qdo recebemos a noticia foi uma mistura de sentimentos;feliz,mas preocupada.Já meu marido ficou calmo e feliz tentando me animar!!
    Você é uma super mae!! Espero conseguir ser como você!!
    beijos
    Daniela

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  10. Simplesmente lindo! Me emocionei muito com a histórias da Sabrina.
    Meus parabéns querida, tenho certeza que as alegrias de ter seus babys pertinho compensa mais do que tudo.
    Beijinhu´s

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  11. Lindo lindo lindo.......entrevista fantastica.....que Deus forças triplicadas para essa familia......sabrina é linda....por dentro e por fora...
    muitaa sorte...muita luz...

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  12. Parabens, vc e muito pratica e acredito que se nao for assim a gente fica mais estressada. Sou mae de um menino e as vezes ja me estresso, ima gina 3 bebes e + 2 criancas. De verdade parabens pela linda familia e que Deus te abençoe sempre.

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  13. Sabrina, parabéns! que mãe maravilhosa vc é!!
    Também tenho trigêmeas, com 1 ano e 2 meses. são minhas princesinhas. lendo sua entrevista, me identifiquei bastante com seu depoismento. Tudo muito parecido. só não imagino como é ter mais 2 filhos!!!!
    Bjs
    Érika

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  14. Que linda história, que Deus continue abençoando toda sua familia.
    Eu tenho Gemeos de 4 anos e agora estou gravida de novo, mais agora é só 1. Estou muito feliz, mais um pouco com medo. kkkkkkk, acho que é normal.
    Parabens e tudo de bom.

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