E é claro que mesmo inconsciente estamos sempre querendo que nossos filhos sejam os mais bonitos, os mais fortes, os que ganham mais peso, que andam antes que todos os outros, que nunca ficam doentes, enfim.
Ontem em mais um capítulo do "terrible two" da Bruna , ela estava se jogando no chão pois não queria fazer xixi no peniquinho e eu já sem paciência falei para ela: Você viu que todas as suas amiguinhas mais novas já tiraram a fralda?
E em seguida me arrependi e me dei conta do quanto agi mal, pois ao invés de entender o porque ela não quis fazer no peniquinho, eu comparei às crianças mais novas.
A Bruna vai fazer 2 anos e meio e ainda não tive sucesso no desfralde. Não foi por falta de tentar de todas as técnicas e maneiras imagináveis. Mas ela simplesmente não tirou porque não quis, acho que por birra mesmo, e daqui para frente a escola vai dividir essa tarefa comigo.
Então diariamente lido com comentários do tipo: como assim ela ainda não tirou a fralda? Ela é tão esperta... Vai ser super fácil... Ah, você não se esforçou vai!
É só ter um pouco de boa vontade...
É só ter um pouco de boa vontade...
Ainda bem que eu me importo zero com o que as pessoas falam, e sei que não fará diferença alguma na vida dela se ela tirar a fralda com 2,5 ou com 3 anos.
O primeiro pediatra da Bruna, uma pessoa extremamente sábia e carinhosa, sempre me orientou para nunca comparar o desenvolvimento dela com o de outras crianças. E eu nunca me esqueço disso.
Comparar pode frustrar a mãe e gerar insegurança desnecessária à criança.
Achar que seu bebê ficará atrasado só porque não entrou na tal aula da moda de natação com 6 meses...
Ou comprar um andador porque seu filho tem mais de 1 ano e ainda não anda sozinho...
Ou tirar a fralda antes da hora só porque o filho da sua amiga desfraldou com menos de 2 anos...
Tudo isso não vai mudar em nada a nossa vida como mãe, e pode sim prejudicar o desenvolvimento da criança.
Sempre penso nisso não só para evitar comparar minhas filhas à outras crianças, e sim para tentar nunca compará-las entre si. Principalmente por ter duas meninas com pouca diferença de idade, e que crescerão juntas.
Tudo que passei com a Bruna ainda está super fresco na minha cabeça, então todo o dia me esforço para criar cada uma delas dentro da sua própria identidade e desenvolvimento.
Mas não é fácil.
Mas não é fácil.
Quantas vezes eu não falo para a Bruna: Olha, a Manu não chora para comer, você devia ficar boazinha igual ela...
Ou quantas vezes eu não penso; Que estranho, a Manu ainda não engatinha... a Bruna já engatinhava com essa idade...
Ou quantas vezes eu não penso; Que estranho, a Manu ainda não engatinha... a Bruna já engatinhava com essa idade...
Porém são crianças diferentes.
Pode ser que cresçam sendo super parecidas na personalidade e no físico, mas pode ser que cresçam totalmente diferentes.
Pode ser que cresçam sendo super parecidas na personalidade e no físico, mas pode ser que cresçam totalmente diferentes.
É possível que qualquer uma delas:
Seja a melhor aluna e tire as melhores notas da classe, ou fique sempre em recuperação;
Seja a melhor aluna e tire as melhores notas da classe, ou fique sempre em recuperação;
Seja a mais alta ou a mais baixinha;
Com mais amigos ou com poucos;
A mais tímida ou a mais extrovertida;
A que gosta de Ballet ou a que gosta de natação...
A que gosta de Ballet ou a que gosta de natação...
E aí que vem a sabedoria dos pais em educar e criar nas diferenças.
Não do jeito que nós gostaríamos e idealizamos, e sim do jeito que eles sabem fazer.
Não do jeito que nós gostaríamos e idealizamos, e sim do jeito que eles sabem fazer.
Focando e elogiando as qualidades de cada um, e ensinando e encorajando a superar as dificuldades.
Sem comparar.
Pois no final , que diferença faz se seu filho vai andar com 10, 12 ou 15 meses, já que depois disso ele andará por uma vida toda?!